Wednesday, May 28, 2008
Tuesday, May 27, 2008
Assim eu vejo a vida
Cora Coralina
A vida tem duas faces:
Positiva e negativa
O passado foi duro
mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria
Que eu possa dignificar
Minha condição de menina-mulher,
Aceitar suas limitações
E me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
Aprendo a viver.
PIRADOS NA CONCHA - SEMANA DA LUTA ANTIMANICOMIAL - CAMPINAS - 2008
Poesias
Paulo Leminski
I
Confira
tudo que
respira
conspira
II
Tudo é vago e muito vário
meu destino não tem siso,
o que eu quero não tem preço
ter um preço é necessário,
e nada disso é preciso
III
Cinco bares,
dez conhaques
atravesso são paulo
dormindo dentro de um táxi
IV
isso de querer
ser exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai
nos levar além
Friday, March 21, 2008
Seiscentos e Sessenta e Seis
A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6ªfeira...
Quando se vê, passaram 60 anos...
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem - um dia - uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio.
seguia sempre, sempre em frente ...
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Mário Quintana
A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6ªfeira...
Quando se vê, passaram 60 anos...
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem - um dia - uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio.
seguia sempre, sempre em frente ...
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Mário Quintana
Monday, March 03, 2008
Ruído
Ruído e mistério,
luz no ambiente cimério
Cipreste entre florestas.
Ruído transmitindo-nos
vozes do além.
Ruído e lembrança
a saudade que não se esvai.
Vai-se pelo caminho
a carregar a cruz.
Ruído e pouca luz no mundo.
Sentido da matéria informe.
Ruído também uniforme.
Compasso de espera...
Apelo para a nova quimera.
Ruído procurando cantigas.
Amigo da cigarra
que até cantando se esvai.
Ruído é só o que se ouve no silêncio.
Rugido do mundo
Ruído que sempre se aproxima
de uma serenata...
Thursday, February 28, 2008
Tuesday, February 19, 2008
Friday, February 15, 2008
Muro
Ruirão os muros que nos separam.
O ódio há de ser aplacado
como pedra em pó.
As muralhas caíram como folhas
por um sopro.
O dia será verdadeiro,
Mas quando?
Muro e murro
é esta a lei do sistema.
Lua e sol
é esta o dia-a-dia
que nos apresentam.
É rumorejar e esperar Jesus...
A suma libertação.
Os castiçais de ouro estão aí...
Os postais elegantes estão aí.
e a fome, o desamparo
e o desespero também,
mas sempre brilhará a estrela de Belém,
talvez trazendo um pingo
de acalanto e amor aos nossos corações.
Fernando Medeiros
Ederson Estevan
PARTE DE NÓS
Parte de mim se foi
e um resquício sereno em você.
Parte éramos
Reparte nas eras.
No bulício do apreço
que se faz na quimera.
Parte de mim se foi
assim com um boi entrega
sua vida...
Parte de nós
ainda fica
como resquício de esperança.
Parte com parte se ajeita
na arte da miséria com o medo.
Parte se vai como bruma
em que você se esvai.
Reparte o suplício
de mais um dia e a soma da noite.
e a solidão em coma.
Parte de mim se foi como flagício do aroma.
Reparte o sufoco da noite
Na parte de nós.
ainda resta o amor.
FERNANDO MEDEIROS
Parte de mim se foi
e um resquício sereno em você.
Parte éramos
Reparte nas eras.
No bulício do apreço
que se faz na quimera.
Parte de mim se foi
assim com um boi entrega
sua vida...
Parte de nós
ainda fica
como resquício de esperança.
Parte com parte se ajeita
na arte da miséria com o medo.
Parte se vai como bruma
em que você se esvai.
Reparte o suplício
de mais um dia e a soma da noite.
e a solidão em coma.
Parte de mim se foi como flagício do aroma.
Reparte o sufoco da noite
Na parte de nós.
ainda resta o amor.
FERNANDO MEDEIROS
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